Sou curitibano. Moro em São Paulo. Até hoje as partes desinteressadas ainda não chegaram a um acordo.
Alguns de lá dizem que sou produto tipo exportação. Perfis parecidos por aqui concordam. Mas por estas bandas, como estou do lado de cá da fronteira, dizem ser eu um produto importado.
Mas, muitos de lá e de cá taxam-me, e aí as taxas de fronteira são mais pesadas, como produto tipo deportação. Outros, contrabando. Contrabandearam-me. E assim não se pagam taxas. Nem é tão ruim essa pecha, pois contrabandista honesto só traz produtos legítimos. “La garantia soi djô”.
O pior de tudo é por aqui ser taxado de gaúcho. Aí, se levasse esse Made In na etiqueta, no selo, seria eu, além de tudo, um produto falsificado. Simplesmente por não o sê-lo.
A todos respondo sem pestanejar. “Nada disso: pedi e me concederam asilo filosófico”.
Não cultural, pois cultura tem espaço de sobra em Curitiba. Eis um belo exemplo abaixo. A revista Deluxe, com conteúdo 100% curitibano, da turma de meu caro Heros Mussi, curitibano sangue bom.